terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Teoria do Valor de Marx
A contradição marxista



Marx adotou no Volume I de O Capital que todo valor vem do trabalho.
No Volume III de O Capital Marx, em virtude da refutação do seu "trabalho socialmente necessário" e da contradição teórica apontada por economistas na sua "lei do valor", Marx mudou a sua teoria e disse que o valor tem como origem o preço de produção.

Vejamos essa contradição de Marx.

No Volume I de O capital Marx diz:

"A terra (do ponto de vista econômico, compreende a água) que, ao surgir o homem, o provê com meios de subsistência prontos para utilização imediata, (1) existe independentemente da acção dele, sendo o objecto universal do trabalho humano. Todas as coisas que o trabalho apenas separa de sua conexão imediata com seu meio natural constituem objectos de trabalho, fornecidos pela natureza.
Assim, os peixes que se pescam, que são tirados do seu elemento, a água, a madeira derrubada na floresta virgem, o minério arrancado dos filões.
Se o objeto de trabalho é, por assim dizer, filtrado através de trabalho anterior, chamamo-lo de matéria-prima.
Por exemplo, o minério extraído depois de ser lavado.
Toda matéria-prima é objeto de trabalho, mas nem todo objeto de trabalho é matéria-prima.
O objeto de trabalho só é matéria-prima depois de ter experimentado modificação efectuada pelo trabalho
."

Isto é uma grotesca deturpação da verdade.
Uma área de terra onde exista uma floresta virgem tem valor de troca sem que nela se tenha despendido uma gota de trabalho.
A madeira tem valor por si só, o dono da terra vai obter em troca da madeira um valor de troca sem ter despendido nenhum trabalho.

O comprador terá que despender um trabalho para cortar e transportar a madeira e incorporará esse valor ao valor de troca ao vender a madeira na marcenaria.
Digamos que o dono da terra recebe 10000 reais por tonelada de madeira, e não despendeu nenhum trabalho para obter esse valor, foi a natureza o produtor.
O comprador da madeira incorpora ao valor suponhamos 1000 reais por tonelada cortada referente ao trabalho de corte, de formas que a madeira ira chegar a marcenaria por um valor de 11000 reais, mas, desse valor apenas 1000 corresponde a trabalho, o restante corresponde ao valor intrínseco da madeira sem trabalho algum efetuado.
Este fato claro, dentre muitos outros, refuta de forma cabal a alegação marxista de que todo valor depende do trabalho.
E Marx continua...

"Tratando-se agora de produção de mercadorias, só consideramos realmente até aqui um aspecto do processo.
Sendo a própria mercadoria unidade de valor-de-uso e valor, o processo de produzi-la tem de ser um processo de trabalho ou um processe de produzir valor-de-uso e, ao mesmo tempo, um processo de produzir valor.
Focalizaremos sua produção do ponto de vista do valor.
Sabemos que o valor de qualquer mercadoria é determinado pela quantidade de trabalho materializado em seu valor-de-uso, pelo tempo de trabalho socialmente necessário a sua produção.
Isto se aplica também ao produto que vai para as mãos do capitalista, como resultado do processo de trabalho.
De início, temos portanto de quantificar o trabalho materializado nesse produto
."

Temos ai acima a "famosa" "lei do valor" de Marx [texto em negrito].
Marx continua...

"Mas, duas condições têm de ser preenchidas. Primeiro algodão e fuso devem ter servido realmente à produção de um valor-de-uso.
No caso, deve o fio ter surgido deles.
O valor não depende do valor-de-uso que o representa, mas tem de estar incorporado num valor-de-uso qualquer.
Segundo, pressupõe-se que só foi aplicado o tempo de trabalho necessário nas condições sociais de produção reinantes.
Se 1 quilo de algodão é necessário para produzir 1 quilo de fio, só deve ser consumido 1 quilo de algodão na fabricação de 1 quilo de fio.
O mesmo vale para os fusos.
Se o capitalista se der ao luxo de empregar fusos de ouro em vez de fusos de aço, só se computa no valor do fio o trabalho socialmente necessário, isto é, o tempo de trabalho necessário à produção de fusos de aço
."

Porém, o trabalhador que trabalha com ouro cobra por seu trabalho um valor maior que o trabalhador que trabalha com aço pelo mesmo número de horas trabalhadas.
Cobra mais porque como o ouro é um material precioso é necessário uma maior destreza para evitar perdas.

"É da maior importância que durante o processo, durante a transformação do algodão em fio, só se empregue o tempo de trabalho socialmente necessário.
Se sob condições sociais de produção normais, médias, se transformam x quilos de algodão durante uma hora de trabalho em y quilos de fio, só se pode considerar dia de trabalho de 12 horas, o que transforma 12x quilos de algodão em 12y quilos de fio.
Só se considera criador de valor o tempo de trabalho socialmente necessário
."

Isso quer dizer o seguinte:
Se em 12 horas de trabalho em um dia, por um problema qualquer, não forem feitos 12x quilos de fio com 12y quilos de algodão, o dia não será considerado um dia de trabalho.
Isso evidente é um absurdo que sai fora da realidade empírica e só existe dentro da cabeça de Marx.
É claro que é considerado um dia de trabalho normal, e o trabalhador irá receber seu salário normalmente por ele, o problema é unicamente do empresário.
A questão da produtividade é unicamente do empresário, é ele que assume o risco, para o trabalhador pouco importa se serão produzidas mais ou menos peças dentro do mês, ele quer receber no fim do mês o seu salário combinado integral.

Portanto, um valor de uso ou bem possui valor, apenas, porque nele está objetivado ou materializado trabalho humano abstrato.
Como medir então a grandeza de seu valor?
Por meio do quantum nele contido da “substância constituidora do valor”, o trabalho.
A própria quantidade de trabalho é medida pelo seu tempo de duração, e o tempo de trabalho possui, por sua vez, sua unidade de medida nas determinadas frações do tempo, como hora, dia etc
.”

“Tempo de trabalho socialmente necessário é aquele requerido para produzir um valor de uso qualquer, nas condições dadas de produção socialmente normais, e com o grau social médio de habilidade e de intensidade de trabalho.”

Porém, essa "lei' jamais vai conseguir explicar pq é que um quilo de filé tem valor maior do que um quilo de alcatra, sendo que o trabalho despendido pelo açougueiro é o mesmo para cortar ambas as carnes.


No seu discurso "Valor, preço e lucro" Marx diz:

"Os preços do mercado não fazem mais do que expressar a quantidade social média de trabalho que, nas condições médias de produção é necessária para abastecer o mercado com determinada quantidade de um certo artigo."

Isso é um trambique.
É fugir de uma analise objetiva e empírica da questão.
O que queremos saber - cientificamente - é o que determina o valor nas trocas específicas, e não em uma média onde tudo foi diluído.

As coisas são específicas e não gerais.
Quando um consumidor A vai comprar um produto X na loja L ele não vai pagar um valor médio pelo produto que quer comprar, ele vai pagar o valor real do produto naquela loja.
Se o produto está a venda em várias lojas e é abundante, devido a concorrência seu valor tente a ser cada vez menor.
Portanto o valor não vai depender do volume de trabalho de qdo ele foi fabricado, o valor vai depender das condições específicas de negociação de cada produto em cada loja pelo comprador e pelo vendedor, é a famosa pechincha, se o comprador tiver habilidade ao pechinchar ele pode obter um preço mais barato.
Esse fato claro e conhecido por todos, desconhecido apenas por marxistas, refuta a alegação marxista de que o valor depende unicamente do trabalho.

"se a oferta e a procura se equilibram, os preços das mercadorias no mercado
corresponderão a seus preços naturais, isto é, a seus valores, os quais se determinam
pelas respectivas quantidades de trabalho necessárias à sua produção.
"

De forma alguma, mentira rudimentar.
Os valores se determinam pelas negociações entre vendedor e comprador.
O valor de um produto não é fixo e imutável, pelo contrário, pode variar pelas mais diversas razões.
A teoria marxista extrapola os mais básicos princípios empíricos da economia de mercado.
na verdade é o que Mises afirmou, Marx não sabia absolutamente nada de economia.


Livro III de O Capital

Marx teve sua teoria exposta no Livro I refutada já em vida, foi demonstrado cabalmente que não era verdade o que ele afirmava em suas mirabolantes falácias.
O valor dos produtos (valor de troca), ou mais especificamente os preços, não são em geral proporcionais ao valor, nem na média.
E menos ainda o valor das mercadorias são unicamente em função do trabalho
.

Uma das principais conclusões de Marx no Volume I, devido a mais-valia, é q divisão do capital investido em dois tipos:
capital variável (parte do capital destinada ao pagamento dos salários).
capital constante (parte do capital investida nos meios de produção, máquinas e equipamentos).

Marx concluiu ainda que o que o capital que produz a mais-valia, e se apropria dela, é apenas o "capital variável", por isso o nome.
Uma outra definição advinda dessa conclusão é que a taxa de lucro (ou a taxa de mais-valia) deveria ser sempre proporcional ao valor do "capital variável".

Por exemplo, em dois investimentos diferentes:
Investimento 1:
capital variável = 1000 dolares
capital constante = 100000 dolares
Investimento 2:
capital variável = 1000 dolares
capital constante = 200000 dolares

Segundo a "lei do valor" de Marx a taxa de lucros deveria ser igual!
Uma vez que os capitais variáveis são iguais.

Só que isso não acontece.
Só que isso na economia empírica não ocorre.
A "lei do valor" marxista está errada.

Alem que, economistas da Escola Austríaca demonstraram que o valor não depende unicamente do trabalho
.

Essas constatações fiseram com que Marx, apesar de já ter pronto manuscritos para os livros subsequentes de O Capital (Livros II e III), não os editasse em vida!
Não os editou porque percebeu que não tinha argumentos verdadeiros e que suas alegações seriam novamente refutadas, em vista disso Marx preferiu deixar para Engels a tarefa de quebrar a cara depois de sua morte.

Engels porém levou anos para escrever o Livro II e não entrou na questão nesse livro.

Somente no final do Livro III, depois de longos anos, Engels (já perto da sua morte) foi tentar explicar a questão do valor e do preço "segundo Marx", e em uma humilhante situação contradisse (sem reconhecer) o que havia sido dito no Livro I e mudou a origem do valor para dependente dos preços de produção.


Vamos as partes importantes do Volume III.

Existem no O Capital duas definições do valor de troca das mercadorias.

No Volume I, Marx diz que as mercadorias são trocadas pelos seus "custo de produção", expressos nos seus valores de troca, os valores de custo de produção são compostos pela soma dos valores de custo mais uma taxa geral de mais-valia.

Na Volume III Marx trocou essa concepção... as mercadorias são, na realidade, trocadas pelos seus preços de produção, diz Marx agora.
Os preços de produção são formados pelos custos de produção somados a uma taxa geral de lucro média.


Vejamos...
No Volume III Marx se vê as voltas com um grave problema.
A taxa de lucro não varia como ele esperava...
A dialética marxista o levou a obter taxas de lucro inversamente proporcionais a composição orgânica dos capitais !

Isso não acontece na realidade empírica do mercado pq o sistema não é determinista como Marx pensava, o sistema é dinâmico, e o fator humano interfere.

Assim, Marx foi obrigado a concluir:

“Mostramos assim que nos diferentes setores da indústria taxas mutantes de lucro são obtidas de acordo com as diferenças na composição orgânica dos capitais, e, também, dados certos limites, de acordo com seus períodos de rotação; e que, consequentemente, mesmo com taxas iguais de mais valia, há uma lei (ou tendência geral), embora apenas para capitais que possuem a mesma composição orgânica – os mesmos períodos de rotação supostos – de que os lucros estejam em proporção a quantidade de capitais, e dessa maneira quantidades iguais de capital renderiam em períodos iguais de tempo quantidades semelhantes de lucro.
O argumento se alicerça na bases que tem sido até então as bases de nosso raciocínio, de que as mercadorias são trocadas de acordo com seus valores.
Por outro lado, não existe dúvidas que, na realidade, sem levar em conta diferenças não importantes, acidentais e auto-compensatórias, as diferenças na taxa média de lucro para os diferentes setores da indústria não existem e não poderiam existir sem comprometer todo o sistema de produção capitalista.
Parece então que a teoria do valor [a dele] é irreconciliável com o movimento real das coisas, irreconciliável com o fenômeno verdadeiro da produção, e que, por causa disto, a tentativa de compreender o último deve ser abandonado
.”

Obs. "o último" é a produção no sistema capitalista.

Esse problema levou Marx a propor que as mercadorias não são trocadas segundo seus valores (contrariando o que ele havia afirmado no Volume I), mas sim por seus preços de produção.

“os valores se transformam em preços de produção”, disse Marx no Volume III.

A partir disso Marx "transformou" a sua teoria....

O "trabalho socialmente neccessário" que era fonte de todo valor, ou era o próprio valor, agora teria que ser multiplicado pela taxa de lucro média e passaria a se chamar "preço de produção" !
A esse malabarismo marxistas posteriores deram o nome de "transformação".

É nos capítulos 8, 9 e 10 do Volume III que Marx tenta explicar a sua "transformação".
Vamos pegar alguns trechos mais importantes desses capítulos.

Capítulo 8

O texto já mencionado acima.

"Temos, assim, demonstrado que diferentes linhas de indústria têm diferentes taxas de lucro, que correspondem a diferenças na composição orgânica dos capitais e, dentro dos limites indicados, também para os seus diferentes períodos de retorno; dado o mesmo tempo do volume de negócios, a lei ( como uma tendência geral) que os lucros estão relacionados um ao outro como a magnitude dos capitais, e que, consequentemente, os capitais de igual magnitude rendem lucros iguais em iguais períodos, aplica-se apenas às capitais da mesma composição, mesmo com a mesma taxa da mais-valia.
Essas afirmações valem-se no pressuposto que tem sido a base de todas as nossas análises até agora, ou seja, que os produtos são vendidos em seus valores.
Não há dúvida, por outro lado, que além de não essenciais, acidentais e mutuamente compensadores distinções, as diferenças na taxa média de lucro dos diversos ramos da indústria não existem na realidade, e não poderia existir sem abolir todo o sistema de produção capitalista.
Parece, portanto, que aqui a teoria do valor é incompatível com o processo real, incompatível com o fenômeno real da produção e que, por essa razão, qualquer tentativa de entender esses fenômenos devem ser abandonados
."

Capítulo 9

"Para todos os fins, a afirmação de que o preço de custo é menor que o valor de uma mercadoria agora mudou praticamente para a afirmação de que o preço de custo é menor do que o preço de produção.
No que respeita ao capital social total, em que o preço de produção é igual ao valor, esta declaração é idêntico ao anterior, ou seja, que o preço de custo é menor do que o valor."
.....
"E enquanto ele é modificado nas esferas individuais de produção, o fato fundamental permanece sempre que, no caso do capital social total do preço de custo das mercadorias produzidas por ele é menor do que o seu valor, ou, no caso do total massa de bens sociais, menor do que o seu preço de produção, que é idêntico ao seu valor."
......
"Em cada caso, portanto, uma mudança na taxa geral de lucro implica uma mudança no valor das mercadorias que constituem os elementos do capital constante ou variável, ou de ambos."


Capitulo 10


"Nessas esferas do preço de produção é exatamente, ou quase o mesmo que o valor da mercadoria produzida, expressa em dinheiro
."

Isso rudo é uma embromação, uma tautologia ridícula de quem gira, gira e não sai do lugar, e não consegue explicar de forma clara e honesta o que tem a dizer.


No final de sua vida, no seu texto "Crítica ao Programa de Gotha" Marx diz:

"Trabalho não é a fonte de toda riqueza.
A natureza é tanto uma fonte de valores de uso (e certamente é desse material que a riqueza consiste!) como o trabalho que é apenas a manifestação de uma força da natureza, força de trabalho humana."


Ou seja, para a mentes lúcidas da humanidade, a teoria marxista do valor não tem valor algum, é uma burla, uma trapaça feita unicamente para tentar das bases "científicas" para uma ideologia cega cuja única intenção é a tomada do poder.



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A tentativa de marxistas posteriores para salvar a teoria do valor de Marx - apenas a continuação da tautologia iniciada por Marx e exposta por Engels.

Marxistas ao longo do tempo vem fazendo mirabolantes exposições para tentar explicar Marx, já até disseram que a sua teoria do valor é "histórica", que o que está no Volume I se refere a um período histórico e o que está no Volume III se refere a outro período histórico...

Que seja lá o que for que esses malucos sucessivamente inventam refutação após refutação da teoria marxista, uma coisa é certa, o valor não depende unicamente do trabalho, e isso invalida toda a teoria marxista subsequente baseada nessa premissa inicial básica.



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Texto complementar
Autor: JOSÉ MANUEL CORREIA


Detectadas as contradições a que conduziam as concepções do Marx, sem que tenham chegado a ser reconhecidos os erros que as originavam, a chamada conversão dos valores em preços de produção não passou de uma forma fantasiosa de tentar ultrapassá-las.

Não se tratou, portanto, de pretender corrigir erros conceptuais acabando por cometer outros erros, o que seria natural.
Neste caso, porque os erros não foram admitidos e a nova concepção foi justificada como correspondendo a um estádio mais avançado de desenvolvimento do capitalismo, a que não se referiria a concepção inicial, poderemos estar em presença de pura manipulação cínica.

No melhor dos casos, estaremos perante sinceras tentativas frustradas de compreender e de fundamentar com sucesso uma realidade complexa.
Admitir erros de tamanha gravidade poria em causa o essencial da obra do Marx e certamente abalaria a autoridade granjeada entre os marxistas até à publicação do Livro III de O Capital.

Apesar do novo conceito preço de produção entrar em contradição com a premissa admitida como verdadeira de que as mercadorias eram trocadas pelos seus valores, e de a obtenção de taxas de mais-valia diretamente proporcionais às composições orgânicas dos capitais pôr em causa a sua fundamentação da tendência para a queda da taxa de lucro, nenhuma ilação [dedução] foi tirada acerca das implicações para a obra do Marx desta sua nova concepção do valor de troca das mercadorias, e ainda hoje, contraditoriamente, é a concepção inicial que continua sendo divulgada como representativa da sua obra !

A nova concepção foi apresentada como continuando de acordo com a chamada lei do valor e com a suposta lei geral da troca das mercadorias, a famosa troca equitativa ou troca das mercadorias pelos seus valores, ainda que com ela, também contraditoriamente, umas destas mercadorias passem a ser vendidas acima e outras abaixo dos seus supostos valores.

Presos a concepções falsas, Marx e os marxistas não poderiam imaginar o que é simples: que o lucro provém da depreciação do trabalho presente pela aplicação duma taxa de apropriação ao trabalho passado, e que este fato impede que as mercadorias sejam trocadas pelos seus valores.

É nesta depreciação do trabalho presente, e na troca desigual que a consuma, que reside a essência do modo de produção capitalista.

Formando os preços nominais pela aplicação de taxas de lucro esperadas similares, os valores de troca nominais ou preços nominais relativos das suas mercadorias não se alteram e a troca entre os diversos produtores capitalistas será equitativa.
A transformação dos preços nominais em preços de mercado, devida aos fatores já enumerados, podendo alterar os valores de troca ou preços relativos e, com isso, diversificar as taxas de lucro obtidas, ocasiona troca desigual também entre os capitalistas.
Esta troca desigual, porém, consiste numa redistribuição do lucro social obtido pela troca desigual efetuada entre os capitalistas e os trabalhadores assalariados, e constitui o estímulo para a concorrência e para a mobilidade dos capitais.


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Sobre o que é JURO

Qualquer pessoa que já aplicou em um CDB em um banco sabe o que é juro !
Sei que essa discussão é por causa das mirabolantes falácias inventadas por Marx para chegar a mais-valia, que nada mais é que juro !
Mas, como dissemos, quakquer pessoa que já fez uma aplicação bancaria sabe o que é juro, e sabe tb que o banco não paga juro por nada.

O banco paga juro para o aplicador pq o banco irá emprestar esse dinheiro para um empreendedor (capitalista), esse empreendedor pode ser um lojista descontando duplicatas ou pode ser o dono de uma fábrica precisando de dinheiro para comprar uma máquina nova para sua linha de produção.
Pode ser tb o dono de uma fábrica pegando dinheiro emprestado para pagar o salário de seus trabalhadors (capital de giro).

Obviamente o empreendedor, o dono da fábrica, o capitalista, vai pagar juro ao banco.

E como o empreendedor vai poder pagar esse dinheiro emprestado mais o juro ?
Colocando essa despesa na composição do preço da sua mercadoria evidentemente.

Então, o preço da mercadoria será composto pelo salário pago ao trabalhador, pelo prolabore pago ao dono da fábrica, pelos custos de produção, e por um fator extra que pode ser chamado de lucro, de mais-valia, ou de juro (é tudo a mesma coisa), e será destinado pelo dono da fábrica para pagar o banco.
Assim funciona uma economia liberal de mercado livre que tem por princípio o crescimento econômico através de INVESTIMENTO.

O juro é O MOTOR desta economia, é o juro que propicia a componente fundamental dessa economia, O INVESTIMENTO.
Sem investimento não existe crescimento econômico, o que se conclui que sem o juro a economia entraria em estagnação pois não existiria capital para investimento.

A ignorância marxista não percebeu essa coisa básica, e deu ao juro (ao lucro) uma qualificação odiosa, a mais-valia, pobreza mental... o juro não é maldade, o juro, ou lucro, EM UMA ECONOMIA LIBERAL DE MERCADO LIVRE, é apenas o principal mecanismo que faz girar a engrenagem da produção, que renova continuamente a economia através do investomento, o resultado disso é o progresso econômico.



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"Marx é inquestionável !?"

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5 comentários:

  1. Quando Marx fala de "tempo de trabalho socialmente necessário" se refere ao valor produzido com a transformação de determinada mercadoria de seu estado natural a estado manufaturado, ou seja, quando se utiliza a força de trabalho humano (que é uma mercadoria e, portanto tem um determinado valor).
    Veja bem, quando certo capitalista investe numa determinada produção ele paga pelas matérias primas, combustíveis, maquina, energia elétrica, impostos e espaço a vista, ou seja, com dinheiro vivo (oriundo de empréstimos de bancos ou qualquer outra origem).
    Sendo assim se o valor final da mercadoria não fosse medido pelo tempo médio no processo de produção (tempo de trabalho socialmente necessário) seria igual ao valor investido, pois o capitalista apenas receberia o valor correspondente à reposição dos bens consumimos pelo processo de produção.
    Mas como o trabalho assim como toda e qualquer mercadoria tem um determinado valor esse valor é medido pelo “tempo de trabalho socialmente necessário” para a produção, pois sem isso o capitalista não teria como medir o valor final da mercadoria e, portanto não iria adquirir a mais-valia (valor excedente originado na força de trabalho)
    Para ficar claro é bom saber que valor produzido pelo trabalho é uma coisa e valor do trabalho outra.

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    1. Marx usou como base da sua teoria da exploração a teoria do valor de Adam Smith, a Teoria do Valor Trabalho, q é uma teoria q já foi abandonada pela ciência econômica por ser sabidamente equivocada, o valor ñ depende do trabalho.
      Para produzir um par de sapatos é gasto mais trabalho do q para produzir um diamante, q nem mesmo é produzido com trabalho, é encontrado na terra, no entanto, o diamante tem valor muito maior q o par de sapatos.
      Garrafas de vinho do Porto gastam o mesmo trabalho para serem produzidas e armazenadas, porém, uma garrafa do vinho do Porto produzida em 1960 vale muito mais do q uma produzida em 1990.
      Um mesmo copo de água para que tem sede vale mais do q para quem ñ tem sede.
      O valor é relativo, é marginal.

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    2. E vc acredita que o vinho ficou 30 anos entregue à própria sorte no mundo sem ninguém tomar conta dele?

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Não confundam, nunca, valor e preço em Marx, pois são coisas bem distintas.

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